Na era digital que estamos vivenciando, a internet provocou uma mudança na relação entre empresas e consumidores. Estes possuem o controle das informações, que podem ser confirmadas ou desmentidas facilmente por meio da web.
Recentemente, algumas empresas se deram mal ao criar blogs falsos. O Wal Mart foi uma delas. Confira o case abaixo.
No ano passado, o blog “Walmarting across America” apresentava dois jovens, Jim e Laura, que narravam suas aventuras de viagem pelos Estados Unidos em que seus pontos de parada eram sempre uma loja do Wal Mart.
No blog constavam alguns depoimentos de clientes e funcionários que invariavelmente diziam como era maravilhoso trabalhar para esta rede de supermercados ou como os consumidores teriam vantagens ao comprar com mais freqüência nesses locais.
Tempos depois, internautas descobriram a farsa: o blog havia sido criado pela agência Edelman, que faz serviços de Relações Públicas para o próprio Wal Mart.
A notícia espalhou-se pelos meios de comunicação e a imagem da companhia que já vinha sendo afetada desde as denúncias sobre os baixos salários pagos pela empresa, as condições de trabalho ruins e o uso do trabalho infantil em algumas dependências, passou a ficar ainda mais prejudicada.
O presidente da Edelman, Richard Edelman, foi pressionado a pedir desculpas publicamente, depois de ficar um bom tempo sem fazer nenhuma menção sobre o assunto em sua página na Internet.
Após a série de denúncias, a diretoria da companhia resolveu reagir e veiculou recentemente dois comerciais nos canais de televisão aberta e a cabo visando revitalizar a marca.
A estratégia atual para promover a empresa consiste em dar ênfase aos benefícios que serão levados àquelas comunidades que aceitarem a instalação de uma loja Wal Mart.
Em contrapartida, o site da Internet WakeupWalmart.com, feito por cidadãos norte-americanos e que reúne mais de 320 mil internautas, dirige críticas à empresa a respeito das péssimas condições de trabalho dos funcionários da empresa e sobre a repressão que se abate sobre eles cada vez que tentam se sindicalizar.
A empresa, que com sua nova campanha publicitária busca aumentar a receptividade do mercado para seus produtos, viu seu projeto ser freado diante de cidadãos que recusaram a instalação de estabelecimentos em sua região.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
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