segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Crise Aérea

Olá, hoje resolvi escrever um pouco sobre uma reportagem que li na revista Você s/a que falava sobre algumas causas da crise do setor aéreo. Achei interessante problematizar algumas questões, para que elas pudessem gerar algumas reflexões...
Nos últimos tempos, o Brasil vem enfrentando um período de altos e baixos: a crise no setor aéreo.
Vários fatores influenciaram diretamente nos resultados que geraram a crise. Entre eles podemos citar as mudanças pelas quais a profissão de piloto de avião está enfrentando.
Enquanto as oportunidades profissionais no mercado de aviação crescem no país, o número de novos profissionais está diminuindo. Segundo o tenente-coronel Giorgi Martins Rodrigues, “o número de registros para linhas aéreas está crescendo, mas os de piloto amador, diminuindo. Com isso pode faltar gente nos próximos anos”.
O principal obstáculo para a formação de novos profissionais é o alto custo de treinamento. Por exemplo, para um piloto que deseja trabalhar no ramo de aviação são exigidas no mínimo 150 horas de vôo. Os gastos para a realização de tal treinamento são em torno de 50 000 reais.
Outro fator que não contribui para o melhoramento desse cenário é que há uma estimativa de que 400 ou 500 pilotos brasileiros estejam sendo contratados por companhias do exterior que, segundo eles, oferecem salários melhores, mais benefícios e menos sobrecarga no trabalho.
Aliás, esse é um assunto que gera polêmica e parece ser um ponto crucial da questão. A malha aérea apertada aumentou a jornada de trabalho dos pilotos para 14 horas por dia, sendo que a lei permite que um piloto voe até 11 horas por dia.
Acontece que esticar as horas de vôos além do permitido pode chegar a mais da metade do salário de um piloto e ainda existe o medo de uma possível demissão. Mas, cabe lembrar que submeter-se a uma experiência dessas é uma responsabilidade que envolve a vida de pessoas.
Até quando passageiros e funcionários vão penar pela falta de competência gerencial das autoridades brasileiras e das empresas responsáveis pela aviação brasileira?

Postado por Bruna Sawa de Campos

2 comentários:

Ronaldo Bisnaga disse...

O post foi bacana por se tratar de algo que a gente esquece e só se lembra quando cai um avião, mas e os RP's no meio disso tudo, como é que fica? Dá pra colocar uma pontinha de comunicação institucional ou assessoria de comunicação no meio disso tudo?

Arlindo Rebechi Jr. disse...

Tenho que concordar com Ronaldo Bisnaga. Pontos importantes da crise áerea, mas e o RP? Onde fica o seu lugar na tal crise?